Dados do Trabalho


Título

NÚMERO DE INTERNAÇÕES E VALOR MÉDIO PAGO DEVIDO A INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM IDOSOS NO BRASIL, ENTRE 2018 E 2022

Introdução e/ou Fundamentos

As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade no Brasil - sendo o infarto agudo do miocárdio uma das maiores causas de internação no país, com os maiores índices de mortalidade e morbidade. Tal patologia ocorre por necrose tecidual decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo para o coração, tendo forte relação com a dislipidemia - cuja prevalência aumento de modo proporcional à idade. Assim, o presente estudo buscou investigar a tendência de internações e custos por IAM em idosos entre os anos de 2018 e 2022.

Métodos

Estudo epidemiológico transversal descritivo, de caráter retrospectivo, com abordagem quantitiva. Realizado a partir da coleta de dados secundários da plataforma DATASUS, a partir do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), durante o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Dados referentes à população brasileira acima de 60 anos de idade - e o desfecho analisado foi o número, por ano, de internações por infarto agudo do miocárdio e o valor médio pago por cada internação, no Brasil.

Resultados

O maior número de internações por infarto agudo do miocárdio em idosos se deu no ano de 2022 (103.023), seguido do ano de 2021 (87.319), de 2019 (80.963), de 2020 (73.807) e de 2018 (72.932). O ano de 2022 foi o ano com o maior número de internações, mostrando um aumento de 17,98% em relação a 2021 e um de 39,58% em relação a 2020. Em relação ao valor médio pago por internação hospitalar, o maior valor se deu no ano de 2022 (4.526,66), seguido do ano de 2021 (4.153,53), de 2020 (4.112,43), de 2019 (3.932,05) e de 2018 (3.906,84).

Discussão

Observa-se um predomínio crescente no número de internações e no valor médio pago por internação no período de 2018 a 2022. Como principais responsáveis, pensa-se em baixo controle de comorbidades, sedentarismo, estresse emocional, alimentação inadequada, fumo e etilismo. É provável que a pandemia gerada pelo COVID-19 também tenha influenciado esses números, uma vez que o vírus potencializa comorbidades já instaladas e está associado a acometimento cardíaco, relatado na literatura. Além disso, o isolamento social prolongado restringiu atividades físicas, assim como pode ter afetado a dieta desse grupo. Entretanto, são necessários mais estudos sobre o tema.

Conclusões

De forma geral, houve um aumento do número de internações e do valor médio pago por IAM durante o período. É mandatória a intensificação da educação em saúde acerca da mudança dos hábitos de vida, de forma a proteger essa população e reduzir os altos custos das internações.

Palavras Chave

Idoso, Internação, Infarto Agudo do Miocárdio, Sistema Único de Saúde

Área

Tema Livre

Autores

MARCO TULIO ALVES BARUFFALDI