Dados do Trabalho
Título
Transtornos de condução e arritmias nos idosos: um panorama epidemiológico dos últimos anos no Brasil.
Introdução e/ou Fundamentos
Com o avanço da idade ocorre um aumento nas frenquências de alterações do ritmo cardíaco, e é atrelado a altos índices de morbimortalidade.O objetivo do estudo foi analisar epidemiologicamente os índices dos transtornos de condução, e incitar a melhoria de estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento nessa faixa etária.
Métodos
Estudo epidemiológico ecológico de série temporal a partir da coleta de dados de 2018 a 2022, do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/DATASUS). Foram coletadas dados das internações por transtornos de condução e arritmias na faixa etária acima de 60 anos com as variáveis: sexo, região, óbitos e taxa de mortalidade. As variáveis foram analisadas por estatísticas descritivas.
Resultados
Nos anos estudados tiveram 225.376 internações por transtornos de condução na faixa etária geriátrica, tendo sua distribuição temporal da seguinte maneira: 2018 com 44.529, 2019 com 48.133, 2020 com 41.670, 2021 com 43.162 e 2022 com 44.675. Em relação a idade as pessoas com 60 a 64 anos, ocuparam 14,7% das internações.De 65 a 69 anos 17,4%, de 70 a 74 anos ocuparam 19%, de 75 a 79 ocuparam 18,3%, e as pessoas acima de 80 anos 30,6%. O sexo feminino foi o mais acometido, com 52% dos casos. Ao analisar as regiões, a região Sudeste teve mais internações com 109.417 casos, seguido da Sul com 50.287, Nordeste com 36.750, Centro Oeste com 21.780, e Norte com 7.142. Os óbitos aumentaram em 19% ao comparar 2018 com 2022. A taxa de mortalidade nos anos estudados foi de 13,24%, mas quando avaliamos a mortalidade por região vemos que o Centro Oeste tem a maior taxa de mortalidade com 27,66%. Ao avaliar a taxa de mortalidade em relaçaõ a idade, não há variações significativas, com a menor taxa (n=11,95%) nos indivíduos de 75 anos e com a maior (n=15,52%) em indivíduos com mais de 80 anos.
Discussão
É visível que as internações por arritmias não teve grande aumento, mas isso muda ao analisar a mortalidade. O aumento da atividade ectópica miocárdica, com a progressão da idade está bem estabelecido e muitas vezes pode ser assintomática, por isso é necessário monitorar o ritmo cardíaco do paciente idoso com mais frequência em consultas regulares e muitas vezes o uso de aparelhos tecnológicos.
Conclusões
O estudo mostra a necessidade de melhorias na avaliação clínica dos idosos em consultas regulares, diagnóstico precoce e tratamento quando necessário para essa faixa etária. Além disso, reforçar a educação em saúde que para muito casos se torna o primeiro pilar para a prevenção das mesmas.
Palavras Chave
Arritmias; transtornos de condução; idosos; epidemiologia; internações.
Área
Tema Livre
Instituições
Faculdade de Ciências Médicas de Juiz de Fora-SUPREMA - Minas Gerais - Brasil, Universidade Cidade de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
JULIA ARCANJO FERREIRA, KLEBERSON SARAIVA DE CARVALHO , ANA CARLA DIAS BOTELHO GOMES, CÉSAR TETSUHIKO SARAIVA NOBAYASHI