Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO EM NONAGENÁRIOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM HOSPITAL GERIÁTRICO DE PERNAMBUCO.

Introdução e/ou Fundamentos

O envelhecimento populacional está cada vez mais evidente nas estatísticas demográficas do mundo. O aumento da expectativa de vida nos idosos se associa à presença de multimorbidades, como a insuficiência cardíaca (IC). Existem lacunas no conhecimento da evolução de longevos cardiopatas pois há poucos estudos contemplando essa população. Esse estudo, tem como objetivo categorizar o perfil clínico e epidemiológico em pacientes nonagenários hospitalizados em um serviço de referência em geriatria em Pernambuco. 

Métodos

Estudo transversal observacional, descritivo, retrospectivo. Incluídos pacientes com 90 anos ou mais internados na enfermaria e unidade de terapia intensiva de serviço de geriatria no período de agosto a dezembro de 2022.

Resultados

Estudado um total de 28 pacientes. A idade variou de 90-105 com média de 94 anos. Quanto à autodeclaração de raça 21,43% eram brancos, 64,28% negros e 14,28% amarelos. Ao avaliar as comorbidades da amostra, observou-se: 78,57% eram hipertensos, 39,29% eram diabéticos, 21,42% apresentavam doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), 25% tinham fibrilação atrial e 21,43% tinham doença renal crônica. Ademais, 25% dos idosos apresentavam quadro demencial e 32,14% tiveram a indicação de cuidados paliativos. Do total de pacientes, 92,85% apresentaram risco nutricional e 42,86% possuíam alteração da deglutição. O escore médio do índice de massa corporal (IMC) foi de 21,63. Levando em consideração o IMC: 43,43% com baixo peso, 32,14% eutróficos e 21,43% em sobrepeso/obesidade. Entre as principais hipóteses diagnósticas, observou-se que 39,28% apresentaram infecções do trato respiratório (ITR), 42,82% infecções do trato urinário (ITU) e 7,14% insuficiência cardíaca descompensada. A média do tempo de internamento foi 12,85 dias, variando de 1-49 dias. Quanto ao desfecho clínico, 71,5% receberam alta hospitalar e 25% evoluíram para óbito.

Discussão

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Conclusões

Conforme a amostra estudada e consonante com a literatura, os nonagenários portadores de IC apresentaram várias comorbidades e elevada taxa de mortalidade quando internado. Como diagnóstico frequente foram encontrados ITR e ITU. Além disso, foi observado elevado número de pacientes com baixo peso, risco nutricional e disfagia. Importante destacar que, um quarto dos longevos tiveram indicação de cuidados paliativos.

Palavras Chave

Insuficiência Cardíaca; Nonagenários; Evolução Clínica

Área

Tema Livre

Instituições

Faculdade Pernambucana de Saúde - Pernambuco - Brasil

Autores

GUSTAVO HENRIQUE DOS SANTOS SOARES, Isabelle Thais da Silva Santos, Maria Eduarda Borges Matias, Áchelles Monise Batista da Silva, Kátia Milena Oliveira de Santana Ribeiro, Arthur Lira de Melo, Wagner Gomes Reis, Jessica Myrian de Amorim Garcia