Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA DISFUNÇÃO RENAL COMO MARCADOR PROGNÓSTICO DE DESFECHO CLÍNICO EM PACIENTES IDOSOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA INTERNADOS EM HOSPITAL GERIÁTRICO DE REFERÊNCIA

Introdução e/ou Fundamentos

A insuficiência cardíaca (IC) constitui condição comum entre os idosos, e está frequentemente associada a disfunção renal. Essa interação aumenta a morbidade e a mortalidade dos pacientes, estando associada a um pior prognóstico. Este estudo tem como objetivo avaliar a relação da disfunção renal em pacientes idosos portadores de IC e seus desfechos clínicos.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal observacional descritivo, retrospectivo, composto por pacientes com idade ≥ 60 anos internados na enfermaria e unidade de terapia intensiva de serviço de referência em geriatria do Estado de Pernambuco, entre o período de agosto a dezembro de 2022. O estadiamento da disfunção renal foi baseada na taxa de filtração glomerular (TFG), o qual dividimos em 5 estágios, no G1 estavam os pacientes que apresentaram TFG ≥ 90 ml/min, G2, TFG está entre 60 e 89 ml/min, G3, TGF  está entre 30 e 59 ml/min, G4, TGF entre 15 e 29 ml/min e G5, com TFG < 15 ml/min. A calculadora CKD-EPI foi o instrumento utilizado para estimar a TFG. ​​A disfunção renal foi estabelecida por meio da TFG < 60 ml/min/1,73 m2.

Resultados

 A amostra foi composta por 224 pacientes, com média de idade de 80 ± 8,6 anos, dos quais 61,6% eram do sexo feminino. Dessa amostra, 62% dos pacientes tinham IC. Quando analisadas as comorbidades dos pacientes com IC, 48,2% eram diabéticos, 84,9% tinham hipertensão arterial sistêmica e 22,3% apresentavam doença renal crônica. Dos pacientes com IC, 41,7% apresentaram disfunção renal. Avaliando o estadiamento da disfunção renal desses pacientes, 23,7% foram classificados G1, 34,5% como G2, 29,5% como G3, 10,8% como G4 e 1,4% como G5. O tempo médio de internamento hospitalar foi de 15 dias. Em relação ao desfecho clínico do total de pacientes com IC, observou-se que 20,86% evoluíram para óbito, 74,1% tiveram alta hospitalar e 2,8% foram transferidos para outro serviço de saúde. Além disso, constatou-se que, dos pacientes com IC e TFG < 60, 25,8% foram a óbito e 67,2% tiveram alta, já dos pacientes sem IC que tiveram TFG < 60, 14,7% foram a óbito, enquanto 73,5% receberam alta.

Discussão

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Conclusões

De acordo com a análise dos idosos, aqueles portadores de IC e disfunção renal apresentaram maior taxa de mortalidade quando comparados aos idosos sem IC e com disfunção renal. 

Palavras Chave

Insuficiência Cardíaca; Idoso; Insuficiência Renal.